quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Aviões, em Salvador, são gerenciados por nova tecnologia


O centro, situado dentro do aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, é responsável por 300 voos diários . Antes operava com tecnologia estrangeira e este ano ganhou versão 100% nacional.

O APP (Centro de Controle de Aproximação), de Salvador (BA), que operava com um sistema estrangeiro, já conta com o STVD (Sistema de Tratamento e Visualização de Dados), software desenvolvido pela brasileira Atech Tecnologias Críticas.

Trata-se de um sistema que vem ao encontro das necessidades do setor e ao aumento dos números de voos realizados na América Latina, que deve ser de 235% até 2025, segundo informações da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).


O centro de Salvador é responsável por 300 voos diários. Com a modernização, todas as operações ficam mais otimizadas, deixando-as ainda mais seguras. O programa de modernização dos centros de controle do tráfego aéreo foi iniciado em meados de 2000 e é uma iniciativa do Comando da Aeronáutica do Brasil.

Projetado para que o controlador de tráfego aéreo tenha mais facilidades ao realizar as atividades requeridas para a segurança e eficiência das operações aéreas, incluindo o monitoramento de desvios relativos à separação lateral, vertical e longitudinal entre as aeronaves em voo, o novo software aumenta ainda mais a segurança e a fluidez do tráfego, pois minimiza a carga de operação e agiliza a execução de ações para os controladores.

"O console apresenta mais recursos, o layout é bem melhor, as aeronaves apresentadas nos monitores disponibilizam mais informações, permitindo ao controlador maior confiança em suas ações.

Outra característica do novo sistema é a sua alta disponibilidade, garantindo ao APP o exercício ininterrupto de suas atividades de controle", explica o Comandante do DTCEA (Destacamento de Controle do Espaço Aéreo), de Salvador, Major Av Roberto Barros de Oliveira.

O comandante ressalta, que outro ponto importante a ser observado é que essa nova tecnologia nacional permite que o sistema receba informações de vários radares ao mesmo tempo, favorecendo a segurança das operações ainda mais.


“O fato do Brasil desenvolver tecnologia própria favorece na defesa e na segurança do País. Além disso, a capacidade de adequar as necessidades reais da operação ao sistema, em virtude de uma coordenação mais próxima entre operador e projetista, contribui para agilizar as atividades, aumentar a segurança e promover maior satisfação pelos controladores", comentou o Cel Av Luis Gonzaga Leão Ferreira - Comandante do CINDACTA III (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) - responsável pela área de Salvador.

Há mais de 26 anos, o Brasil segue na vanguarda da tecnologia para o controle e defesa do tráfego aéreo e integra o Grupo 1 da Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci), que define os países com melhor nível de segurança de voo.

A substituição do sistema estrangeiro pelo sistema nacional integra um amplo programa do Comando da Aeronáutica voltado à revitalização dos APP e dos Centros de Controle de Área (ACC). Atualmente, o Brasil possui 29 APP radar e 4 ACC cobrindo o território nacional: Brasília, Curitiba, Recife, Manaus e um outro ACC cobrindo a parte oceânica - o Atlântico -, que também fica em Recife e deve ser inaugurado em breve.

Para cada um dos ACC, exceto o Atlântico, existe um órgão de Defesa Aérea conjugado, formando os CINDACTA I, II, III e IV. A expectativa é que o processo de modernização esteja finalizado em 2010.


Os APP são responsáveis por controlar o tráfego de aeronaves nas fases de aproximação para pouso e decolagem de um aeroporto.

Já os ACC verificam o tráfego de aeronaves em rotas aéreas. Além do APP de Salvador, já foram modernizados os localizados em Belém (PA), Natal (RN), Brasília (DF), Pirassununga (SP), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Recife (PE), Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS). Nas localidades de Manaus (AM), Anápolis (GO), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR), Santa Maria (RS) e Maceió (AL), o processo de modernização está em andamento e as mudanças deverão ser feitas ainda este ano.


MODERNIZAÇÃO

A atualização dos centros consiste no uso de tecnologia de última geração para instalação de um sistema com novas funcionalidades, máquinas com maior capacidade de processamento e execução de um software de controle que promove segurança ainda maior para o tráfego aéreo no território nacional.

Segundo o diretor da Atech, Delfim Ossamu Miyamaru -- que está a frente desse programa de revitalizaão dos centros, trata-se de um trabalho que coloca o Brasil em igualdade com países da Europa e com os Estados Unidos, que possuem um fluxo aéreo bem mais intenso.

"As novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas para aprimorar e otimizar o tratamento de informações, a comunicação entre controladores e pilotos, e a troca de informação entre o operador e o Sistema de Tratamento e Visualização de Dados (STVD)", comenta Miyamaru.


ATECH

A Atech participou do processo de absorção e capacitação tecnológica brasileira na busca e na efetivação para que o País tivesse seu próprio sistema de controle de tráfego aéreo e defesa aérea.

Com o domínio do ciclo do conhecimento dessa tecnologia, a empresa vem atuando no desenvolvimento, implementação e modernização do gerenciamento do espaço aéreo brasileiro, civil e militar.


A organização, de capital e tecnologia nacional, é responsável pelo desenvolvimento e modernização de 100% dos sistemas que controlam o espaço aéreo no Brasil, além de ser referência no Hemisfério Sul para desenvolver, fornecer e integrar, com tecnologias próprias, esse tipo de solução.

Ela figura entre as dez empresas no mundo que atuam nessa área. A organização também já atua, em paralelo, para a evolução dos sistemas atuais do novo conceito internacional de gerenciamento aéreo do futuro, o CNS/ATM (Communication, Navigation, Surveillance / Air Traffic Management), que utiliza, entre outros, recursos de gestão de voo apoiados em satélites para comunicações , vigilância e navegação das aeronaves.


Fonte: Atech.

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