A Airbus responsabilizou uma combinação de falhas de produção e
design pelas rachaduras que surgiram nas asas de seu superjumbo A380,
mas a empresa informou que encontrou uma solução simples para o
problema, reduzindo preocupações entre analistas de mercado.
Em comentários francos não muito comuns, um alto executivo da Airbus
afirmou que a empresa estabeleceu uma forma de reparar as rachaduras
encontradas em um pequeno número de componentes dentro das asas do A380,
que fizeram autoridades europeias ordenar na semana passada inspeções
de segurança nas aeronaves do modelo.
A Airbus e uma das principais operadoras do A380, a Singapore
Airlines, também confirmaram informação da Reuters sobre a descoberta de
mais exemplos de rachaduras durante as inspeções compulsórias.
“O A380 é seguro”, disse Tom Williams, vice-presidente executivo de
programas da Airbus. O executivo viajou para Dublin para um discurso não
agendando durante uma conferência do setor para diminuir as
preocupações sobre a segurança do avião.
Ele afirmou que engenheiros excluíram a hipótese de fadiga de material no avião jovem, que entrou em serviço em 2007.
Os comentários com uma série de detalhes marcaram uma mudança de tom
depois do episódio em que um motor instalado em um A380 da australiana
Qantas explodiu e a fabricante Rolls Royce foi criticada pela indústria e
autoridades por não dar informação suficiente.
“Isso é uma mudança importante na obtenção de informações que no
passado não eram dadas. Não se pode desconsiderar essas coisas, mas não é
um problema sério e eles têm a solução à mão”, disse Howard Wheelton,
especialista em aviação da corretora BGC Partners.
Desenvolvido a um custo estimado de 12 bilhões de euros na
Inglaterra, França, Alemanha e Espanha, o A380 tem envergadura de 79,8
metros, suficiente para 70 carros.
A Airbus vendeu 253 unidades do modelo a um custo de tabela de 390
milhões de dólares cada. Atualmente 68 unidades estão em serviço.
Fonte: Reuters
Photo by: Erwin (Airliners.net).
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