O aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, é um dos casos mais graves na preparação da infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil.
A constatação é de um estudo apresentado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que mostrou os gargalos da aviação civil para o evento esportivo, já levando em conta os investimentos oficiais previstos pela Infraero, a estatal que administra os principais aeroportos do país.
Segundo o Snea, que representa as companhias aéreas, os projetos em andamento nos aeroportos das cidades-sede da Copa serão suficientes apenas para atender ao aumento natural da demanda prevista para o Brasil.
"O problema não é 2014. Teremos preocupações sérias antes disso" diz o presidente do Snea, José Marcio Mollo.
A situação é grave, diz o diretor técnico da entidade, Ronaldo Jenkins, porque a maior parte das obras só ficará pronta em 2014. Até lá, terminais como o Salgado Filho conviverão com sobrecarga. O aeroporto da Capital tem capacidade para 4 milhões de passageiros por ano, mas, em 2009, já recebeu mais de 5,6 milhões de viajantes.
Se as obras seguirem o cronograma da Infraero, a ampliação de 50% do terminal será concluída em 2013, quando 7,6 milhões de passageiros passarão pelo Salgado Filho, quase o dobro do máximo previsto no projeto original. É o segundo caso mais grave entre os 16 aeroportos estudados pelo Snea e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atrás apenas do terminal de Brasília.
Jenkins lembrou que os prazos para a realização das obras previstas não podem ser acelerados e ainda correm risco de atrasar por ações judiciais e problemas em licitações, contratempos comuns no setor público.
O Snea aguarda estudos do governo federal sobre novos modelos de administração dos aeroportos, como privatização e concessões. Jenkins, entretanto, não se mostra otimista com as alternativas. Lembra que há três anos, quando as companhias aéreas se candidataram para construir, com recursos próprios, o terceiro terminal de passageiros no aeroporto em Guarulhos (SP), os departamentos jurídicos das empresas e da Infraero não encontraram um modelo legal que permitisse a parceria.
A privatização, avaliada pelo governo, não é uma alternativa viável, segundo o Snea. Casos malsucedidos na Argentina e na Grã-Bretanha desestimulam a experiência. Uma possibilidade é limitar a capacidade dos aeroportos, para evitar a sobrecarga.
"Possível, é. Mas que indústria é essa que tem sua atividade cerceada mesmo com aumento da demanda?" reclama Jenkins.
A Infraero informou, por meio da assessoria de imprensa, que não recebeu o estudo do Snea, por isso não faria comentários. Ainda de acordo com a estatal, os investimentos para melhorar a infraestrutura aeroportuária para a Copa do Mundo de 2014 estão dentro do cronograma. A empresa pretende investir R$ 4,6 bilhões em 16 terminais, incluindo os 12 aeroportos das cidades-sede.
A constatação é de um estudo apresentado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que mostrou os gargalos da aviação civil para o evento esportivo, já levando em conta os investimentos oficiais previstos pela Infraero, a estatal que administra os principais aeroportos do país.
Segundo o Snea, que representa as companhias aéreas, os projetos em andamento nos aeroportos das cidades-sede da Copa serão suficientes apenas para atender ao aumento natural da demanda prevista para o Brasil.
"O problema não é 2014. Teremos preocupações sérias antes disso" diz o presidente do Snea, José Marcio Mollo.
A situação é grave, diz o diretor técnico da entidade, Ronaldo Jenkins, porque a maior parte das obras só ficará pronta em 2014. Até lá, terminais como o Salgado Filho conviverão com sobrecarga. O aeroporto da Capital tem capacidade para 4 milhões de passageiros por ano, mas, em 2009, já recebeu mais de 5,6 milhões de viajantes.
Se as obras seguirem o cronograma da Infraero, a ampliação de 50% do terminal será concluída em 2013, quando 7,6 milhões de passageiros passarão pelo Salgado Filho, quase o dobro do máximo previsto no projeto original. É o segundo caso mais grave entre os 16 aeroportos estudados pelo Snea e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), atrás apenas do terminal de Brasília.
Jenkins lembrou que os prazos para a realização das obras previstas não podem ser acelerados e ainda correm risco de atrasar por ações judiciais e problemas em licitações, contratempos comuns no setor público.
O Snea aguarda estudos do governo federal sobre novos modelos de administração dos aeroportos, como privatização e concessões. Jenkins, entretanto, não se mostra otimista com as alternativas. Lembra que há três anos, quando as companhias aéreas se candidataram para construir, com recursos próprios, o terceiro terminal de passageiros no aeroporto em Guarulhos (SP), os departamentos jurídicos das empresas e da Infraero não encontraram um modelo legal que permitisse a parceria.
A privatização, avaliada pelo governo, não é uma alternativa viável, segundo o Snea. Casos malsucedidos na Argentina e na Grã-Bretanha desestimulam a experiência. Uma possibilidade é limitar a capacidade dos aeroportos, para evitar a sobrecarga.
"Possível, é. Mas que indústria é essa que tem sua atividade cerceada mesmo com aumento da demanda?" reclama Jenkins.
A Infraero informou, por meio da assessoria de imprensa, que não recebeu o estudo do Snea, por isso não faria comentários. Ainda de acordo com a estatal, os investimentos para melhorar a infraestrutura aeroportuária para a Copa do Mundo de 2014 estão dentro do cronograma. A empresa pretende investir R$ 4,6 bilhões em 16 terminais, incluindo os 12 aeroportos das cidades-sede.
Fonte: Airkrane BGA.
Photo by: en.academic.ru
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