quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Companhias aéreas dos EUA iniciam transporte de ajuda ao Haiti



As companhias aéreas norte-americanas de passageiros e de carga suspenderam voos comerciais ao Haiti nesta quarta-feira e deram início aos trabalhos de ajuda emergencial junto às autoridades da aviação, que tentavam recuperar as operações aeroportuárias depois do forte terremoto. 





A American Airlines, uma unidade da AMR Corp, informou que seu último voo do Haiti para Miami partiu por volta das 21h45 (no horário de Brasília) da terça-feira.

A empresa programou três voos de ajuda emergencial nesta quarta-feira com destino à capital do Haiti, Porto Príncipe. Cada avião levou produtos para seus 100 funcionários no país assim como materiais para hospitais locais. Outros três voos estão previstos para quinta-feira, informou a companhia.






Outras empresas aéreas, incluindo a Continental Airlines, disseram que estavam prontas para ajudar se necessário. A Continental não tem voos regulares para o Haiti.

Em muitos casos, as companhias fazem contratos com o governo norte-americano para transportar força pessoal e diversos materiais de ajuda humanitária em caso de tragédias.



 

As empresas de transporte de carga United Parcel Service e FedEx confirmaram que suas operações no Haiti estão suspensas até que o aeroporto reabra para o tráfego comercial.
 

Ambas as companhias informaram que estavam trabalhando em conjunto com agências internacionais de ajuda humanitária para colaborar no transporte de produtos às regiões atingidas pelo tremor.

Os aeroportos em Porto Príncipe e em Cabo Haitiano estavam abertos para um número limitado de voos de ajuda emergencial, disseram autoridades norte-americanas de aviação.

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) disse ter enviado especialistas ao Aeroporto Internacional Toussaint Louverture em Porto Príncipe. Eles irão inspecionar os sistemas de navegação e identificar os consertos necessários para garantir a chegada de mais voos de ajuda e a retomada do serviço comercial.

O Departamento de Estado norte-americano recomendou a seus cidadãos que não viajem ao Haiti.



 

Delta Air Lines e American Airlines cancelaram seus voos para o Haiti, mas operavam para a República Dominicana, que compartilha a ilha Hispaniola com o país.

O epicentro do terremoto de magnitude 7 foi registrado a 16 quilômetros de Porto Príncipe e tremores de magnitude de até 5,9 foram sentidos na sequência. Cerca de 4 milhões de pessoas vivem na capital e nas cidades mais próximas.

A empresa de cruzeiros Royal Caribbean Cruises não reportou danos visíveis em seu destino paradisíaco de Labadee, no Haiti, e disse que todos os seus funcionários não foram feridos.

Nenhum navio da Royal Caribbean deve chegar a Labadee na sexta-feira. Três outros navios da empresa devem partir para o Haiti na semana que vem.

O governo dominicano disse em comunicado que estava disponibilizando locais para os trabalhos de ajuda e resgate em aeroportos locais e fornecendo ajuda médica e geral ao Haiti.

A República Dominicana afirmou ainda que seus sistemas de transporte, de comunicação e hospitalares não sofreram danos.

Devastação

O terremoto de sete graus de magnitude atingiu o Haiti às 16h53 desta terça-feira (19h53 no horário de Brasília), a cerca de 16 km da capital haitiana, sendo considerado o mais forte no país em 200 anos.

As comunicações foram em grande parte interrompidas, tornando impossível obter um quadro completo sobre os danos, enquanto vários tremores que se seguiram ao grande sismo continuaram a assustar a população do país, onde muitas construções são precárias.

Segundo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, os prédios e a infraestrutura de Porto Príncipe, cidade mais atingida pelo tremor, sofreram danos extensos. Já os serviços básicos, incluindo água e eletricidade, estão a beira do colapso.

Em um país de construções precárias, mesmo prédios importantes como o palácio presidencial e a sede da missão da ONU não resistiram e sofreram sérios danos. Há relatos de casas que caíram de barrancos e de que 200 ficaram soterrados sob o hotel Cristopher. Repórteres e testemunhas relatam grande destruição e cenas sangrentas na capital, Porto Príncipe.


Fonte: Folha Online.

Nenhum comentário:

SEGUIDORES AEROBLOG

Total de visualizações de página