O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Apostole Lazaro Chryssafidis, participou ontem do 1º Encontro do Polo de Capacitação Aeronáutica de São Paulo, na sede do Parque Tecnológico em São José dos Campos.
Em sua apresentação, ele salientou a necessidade da inclusão de cursos que visem à formação de pilotos e mecânicos no Polo. “As empresas regionais são responsáveis pela formação dos pilotos que ingressam no mercado da aviação comercial e depois partem para as empresas maiores. É um custo a mais para as nossas empresas e esta situação tem que ser revista. Esta é uma grande oportunidade para isto.”
Segundo Lack, o transporte aéreo regular emprega atualmente 44.038 pessoas, com uma frota de 350 aviões, o que dá uma relação de 125,91 funcionários por avião (números de 2008). “Para os próximos anos (2010/2014) a previsão de crescimento da frota nacional é de 211 aviões o que, em tese, seria mais de 26 mil empregos adicionais neste mesmo período, reforçando a necessidade de se estabelecer um programa de capacitação para estes profissionais”, disse Lack.
Em sua apresentação, ele salientou a necessidade da inclusão de cursos que visem à formação de pilotos e mecânicos no Polo. “As empresas regionais são responsáveis pela formação dos pilotos que ingressam no mercado da aviação comercial e depois partem para as empresas maiores. É um custo a mais para as nossas empresas e esta situação tem que ser revista. Esta é uma grande oportunidade para isto.”
Segundo Lack, o transporte aéreo regular emprega atualmente 44.038 pessoas, com uma frota de 350 aviões, o que dá uma relação de 125,91 funcionários por avião (números de 2008). “Para os próximos anos (2010/2014) a previsão de crescimento da frota nacional é de 211 aviões o que, em tese, seria mais de 26 mil empregos adicionais neste mesmo período, reforçando a necessidade de se estabelecer um programa de capacitação para estes profissionais”, disse Lack.
Fonte: Panrotas.
Photo by: Google Image.
Um comentário:
Se o "índice de êxodo" é tão alto na aviação regional, talvez fosse a hora de as empresas deste segmento começarem a se perguntar por que isso ocorre tanto e com tanta freqüência. Não seria por que - em função de suas próprias visões tacanhas - os salários na aviação regional são aviltantes e as condições de trabalho sub-humanas, não raras vezes? Não seria por que o desrespeito à legislação vigente (tanto no que diz respeito à manutenção e segurança de vôo, quanto no que concerne à regulamentação),é mais flagrante em certas empresas menores (no mais das vezes beneficiadas pela quase total ausência de fiscalização e/ou pela complacência silenciosa da chamada "autoridade competente")? Se os empresários do setor - vítimas de sua própria visão distorcida - canalizassem melhor sua energia no sentido de modificarem suas "políticas de RH" - se é que isso ainda existe - talvez parassem de perder dinheiro formando mão-de-obra de graça, para a concorrência do Brasil e do resto do Mundo. Ainda não acordaram para o fato de que - hoje em dia - quem voa um ERJ 135 (ou Legacy)/170/190 (ou Lineage) pode tanto voá-lo no Brasil como na China e/ou no Oriente Médio etc., desde que possua a proficiência técnica e lingüística necessárias(destarte percebendo salários e benefícios maiores e isentos de quaisquer impostos), além do que políticas de imposição de "training bond" - ao contrário de lugares como Cingapura - não possuem qualquer validade jurídica em nosso país e portanto não irão segurar pilotos nas companhias mais do que o estritamente necessário (para eles pilotos, é claro; afinal, "o tempo passa igual para todo o mundo"). Por outro lado, tentar inundar o mercado com novos profissionais é uma retórica desgastada, que escutamos há décadas e que nunca se mostrou eficiente, nem do ponto de vista prático e nem do ponto de vista da otimização dos recursos destinados. Políticas públicas de formação em massa (tais como subsídios a escolas e/ou bolsas de estudo)só produzem resultados pífios e de longo prazo, ou seja 10 anos ou mais. A Aviação é e sempre foi um grande "funil". Mundialmente, o índice de pilotos brevetados que chegam à profissionalização sempre foi baixíssimo, sem falar na percentagem ínfima - dentre estes(as) - que chega a tornar-se um(a) comandante de linha aérea; além do que poucos indivíduos - a menos que sejam realmente apaixonados pela atividade e disponham de sólidos recursos financeiros - irão se aventurar numa profissão que de há muito perdeu seu "glamour", onde a condição de emprego é sempre instável e cujo custo de formação pode ser mais alto do que uma faculdade de Medicina. A preservação dos quadros de de alto nível na aviação não passa pelo derrame massivo de profissionais no mercado (freqüentemente essas políticas visam ao arrocho salarial, ao "leilão de posições de trabalho" nas empresas, quando o mercado se torna inflacionado), e sim por programas sérios de MELHORIA QUALITATIVA, de real valorização do profissional; não só de aumento salarial, mas de melhoria de benefícios e de melhor horizonte previdenciário (todo o mundo precisa parar, um dia), de observância das prerrogativas de cada um, de respeito à lei vigente, de melhoria das condições de trabalho e de treinamento etc.; conquanto isso possa soar como "retórica de escoteiro" aos ouvidos mais céticos(e/ou cínicos), foi a carência desses aspectos que - ao longo dos últimos anos - largamente contribuiu para impulsionar mais de 1000 pilotos brasileiros a prosseguir suas carreiras fora do país, o que só tende a aumentar, assim que se consolide a recuperação da economia global.
Postar um comentário