segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Engenheiro é preso por testar invenção em voo da AA


Um engenheiro francês foi preso por testar uma invenção eletrônica enquanto viajava de avião entre Paris e Boston (voo AA-147), nos EUA. Confundido com um terrorista, a tripulação desviou o voo para o Canadá, onde foi detido e obrigado pelo tribunal a pagar uma multa de 32 mil euros.

Em 15 de agosto, Patrick Minot, 52 anos, um engenheiro francês, entrou no Boeing 757-200, prefixo N189AN, da American Airlines com destino aos EUA, com o objetivo de apresentar numa feira o "Eco Gyzer", um dispositivo para medir o consumo de combustível dos automóveis leves e pesados.

Todavia, a viagem do engenheiro sofreu um desvio. A bordo do avião, Patrick decidiu experimentar o seu invento, o colando numa massa de vidraceiro e o grudando na fuselagem da aeronave, o que acabou chamando a atenção de um adolescente que viajava ao seu lado. Com o medo do pior, o jovem alertou a tripulação para a situação, levando a crer que Patrick Minot seria um terrorista.

Diante dessa situação, o comandante decidiu desviar o voo para o Canadá, anunciando de forma disfarçada que se tratava de "uma falha no computador da torre de controle de Boston", segundo a Agência EFE.

Ao chegar ao Aroporto Internacinal de Gander, em Terra Nova, no Canadá, as autoridades subiram a bordo do avião e levaram o engenheiro para interrogatório.

A polícia diz que a tripulação ficou desconfiada quando o homem foi flagrado transportando itens incomuns, um dos quais parecia ser um sistema de posicionamento global ou receptor de GPS, que usa sinais de satélites para calcular os dados de navegação.

Passados três dias, durante os quais esteve preso, Minot foi condenado pelo tribunal a pagar uma multa de 10 mil dólares por "desobediência" ao código de aviação internacional, mais 22 mil dólares em restituição a American Airlines, bem como cerca de 8 mil dólares em taxas relacionadas com a aterrissagem.

Além da multa, o engenheiro francês foi impedido de regressar ao Canadá durante os próximos dez anos.

Minot, um maratonista e pai de três filhos, pediu desculpas e disse que a experiência mostrou o quanto as companhias aéreas tornaram-se cautelosas.

Fontes: Desastres Aéreos News.

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