A Kingfisher Airlines da Índia prometeu aos passageiros um tratamento especial, os atendentes do voo eram tão atraentes que eram chamados de "modelos voadores", as refeições eram completas até em voos curtos e havia valets a postos para carregar as malas. Mas o mais importante decaiu.
Com um aperto financeiro e impossibilitado de pagar suas contas, a companhia foi forçada a se endividar em bancos públicos da Índia, hipotecar bens em troca de garantias de empréstimo, adiar entregas de novos aviões e buscar por investidores estrangeiros.
O mais simbólico talvez seja, não o início de voos internacionais da Índia para a Califórnia, como foi previsto pelo fundador exibicionista da companhia, Vijay Mallya, mas sim a nova rota da linha aérea de Calcutá para Dhaka, capital de Bangladesh.
Companhias aéreas em todo o mundo estão sofrendo com os cortes de viagens sem necessidade tanto de executivos quanto a lazer, mas na Índia, em certos casos, eles estão sofrendo mais.
E analistas dizem que nos próximos meses, a Kingfisher, uma das empresas de transporte nacionais e uma das marcas mais reconhecidas do país, pode estar mais vulnerável aos problemas do que qualquer outra companhia no país.
Os problemas da Kingfisher mostram uma história com moral para investidores e fornecedores ansiosos para fazer negócios em uma das poucas maiores economias ainda com crescimento significativo.
Mesmo que a receita e o consumo continuem a subir na Índia, o sucesso não é garantido, como também nem mesmo um caminho fácil.
Dos US$ 9 bilhões que a Associação Internacional de Transporte Aéreo estima que a indústria aérea global perderá em 2009, quase um quarto pelas linhas indianas, que levam 2% dos passageiros do mundo.
Para as companhias aéreas privadas, "nos próximos seis a nove meses, o importante é sobreviver", disse Kapil Arora, parceiro do treinamento de aviação da Ernst & Young. Para fazê-lo, eles terão que cortar agressivamente os custos em marketing, tecnologia e folha de pagamento, disse.
Mesmo assim pode não ser o suficiente. Após resistir por anos, o governo indiano considera deixar que linhas aéreas estrangeiras tomem conta de 25% das companhias indianas.
Mas o resto delas no mundo também está sem dinheiro. "Será preciso um envolvimento ativo do governo" para manter as companhias aéreas do país nos negócios, disse Arora.
Para Mallya, cujo império também inclui a United Spirits e a United Breweries, maiores produtoras de licor e cerveja da Índia, como também uma companhia de fertilizantes e uma firma de engenharia, cortar gastos pode ser difícil.
Conhecido como o "rei dos bons momentos", Mallya persegue um estilo de vida dispendioso que inclui uma coleção de centenas de carros sport e uma vila na Riviera francesa.
Ele criou a Kingfisher como uma companhia aérea "premium" e, quando o número de passageiros começou a crescer, ele fez grandes pedidos de aviões, incluindo cinco jatos A380 superjumbo da Airbus, embora a Kingfisher nunca tenha trazido lucros.
Em uma entrevista de e-mail, Mallya refutou sugestões de que a companhia estava lutando para sobreviver. A empresa se tornará lucrativa no próximo ano fiscal, disse, e um empréstimo de US$ 500 milhões, recentemente fornecido pelo Banco Estadual da Índia, e negociado por um consórcio de bancos, é o suficiente para mantê-la funcionando neste ano.
Ele também está confiante de que encontrará um investidor estrangeiro que queira entrar com parte na companhia. "Estamos discutindo com investidores de ações privadas", disse. "Certas empresas aéreas também mostraram bastante interesse, mas estes estão sujeitos às políticas governamentais precisam permitir o investimento".
Banqueiros e analistas dizem que o preço objetivado por Mallya para qualquer acordo é tão alto quando oito vezes o preço das ações da Kingfisher, que caíram mais de 80% desde seu auge no fim de 2007.
Ele não confirmou esses números, mas disse "que há um valor de reconhecimento pela maior empresa de transporte com a mais ampla rede de comunicações de um país com grande potencial como a Índia".
Mesmo assim, tal brinde poderia ser difícil de conseguir mesmo em bons momentos. A Kingfisher perdeu 10,1 bilhões de rúpias, ou US$ 210 milhões, nos nove meses que terminaram em dezembro, os números mais recentes disponíveis.
Outra grande companhia aérea privada da Índia, a Jet Airways, informou um pequeno lucro para o primeiro trimestre deste ano, em parte por causa das taxas de impostos passadas.
A Kingfisher ainda deve US$ 100 milhões a companhias de petróleo por combustível de avião comprado em 2008, disse Mallya. Esses pagamentos serão feitos em novembro.
Com um aperto financeiro e impossibilitado de pagar suas contas, a companhia foi forçada a se endividar em bancos públicos da Índia, hipotecar bens em troca de garantias de empréstimo, adiar entregas de novos aviões e buscar por investidores estrangeiros.
O mais simbólico talvez seja, não o início de voos internacionais da Índia para a Califórnia, como foi previsto pelo fundador exibicionista da companhia, Vijay Mallya, mas sim a nova rota da linha aérea de Calcutá para Dhaka, capital de Bangladesh.
Companhias aéreas em todo o mundo estão sofrendo com os cortes de viagens sem necessidade tanto de executivos quanto a lazer, mas na Índia, em certos casos, eles estão sofrendo mais.
E analistas dizem que nos próximos meses, a Kingfisher, uma das empresas de transporte nacionais e uma das marcas mais reconhecidas do país, pode estar mais vulnerável aos problemas do que qualquer outra companhia no país.
Os problemas da Kingfisher mostram uma história com moral para investidores e fornecedores ansiosos para fazer negócios em uma das poucas maiores economias ainda com crescimento significativo.
Mesmo que a receita e o consumo continuem a subir na Índia, o sucesso não é garantido, como também nem mesmo um caminho fácil.
Dos US$ 9 bilhões que a Associação Internacional de Transporte Aéreo estima que a indústria aérea global perderá em 2009, quase um quarto pelas linhas indianas, que levam 2% dos passageiros do mundo.
Para as companhias aéreas privadas, "nos próximos seis a nove meses, o importante é sobreviver", disse Kapil Arora, parceiro do treinamento de aviação da Ernst & Young. Para fazê-lo, eles terão que cortar agressivamente os custos em marketing, tecnologia e folha de pagamento, disse.
Mesmo assim pode não ser o suficiente. Após resistir por anos, o governo indiano considera deixar que linhas aéreas estrangeiras tomem conta de 25% das companhias indianas.
Mas o resto delas no mundo também está sem dinheiro. "Será preciso um envolvimento ativo do governo" para manter as companhias aéreas do país nos negócios, disse Arora.
Para Mallya, cujo império também inclui a United Spirits e a United Breweries, maiores produtoras de licor e cerveja da Índia, como também uma companhia de fertilizantes e uma firma de engenharia, cortar gastos pode ser difícil.
Conhecido como o "rei dos bons momentos", Mallya persegue um estilo de vida dispendioso que inclui uma coleção de centenas de carros sport e uma vila na Riviera francesa.
Ele criou a Kingfisher como uma companhia aérea "premium" e, quando o número de passageiros começou a crescer, ele fez grandes pedidos de aviões, incluindo cinco jatos A380 superjumbo da Airbus, embora a Kingfisher nunca tenha trazido lucros.
Em uma entrevista de e-mail, Mallya refutou sugestões de que a companhia estava lutando para sobreviver. A empresa se tornará lucrativa no próximo ano fiscal, disse, e um empréstimo de US$ 500 milhões, recentemente fornecido pelo Banco Estadual da Índia, e negociado por um consórcio de bancos, é o suficiente para mantê-la funcionando neste ano.
Ele também está confiante de que encontrará um investidor estrangeiro que queira entrar com parte na companhia. "Estamos discutindo com investidores de ações privadas", disse. "Certas empresas aéreas também mostraram bastante interesse, mas estes estão sujeitos às políticas governamentais precisam permitir o investimento".
Banqueiros e analistas dizem que o preço objetivado por Mallya para qualquer acordo é tão alto quando oito vezes o preço das ações da Kingfisher, que caíram mais de 80% desde seu auge no fim de 2007.
Ele não confirmou esses números, mas disse "que há um valor de reconhecimento pela maior empresa de transporte com a mais ampla rede de comunicações de um país com grande potencial como a Índia".
Mesmo assim, tal brinde poderia ser difícil de conseguir mesmo em bons momentos. A Kingfisher perdeu 10,1 bilhões de rúpias, ou US$ 210 milhões, nos nove meses que terminaram em dezembro, os números mais recentes disponíveis.
Outra grande companhia aérea privada da Índia, a Jet Airways, informou um pequeno lucro para o primeiro trimestre deste ano, em parte por causa das taxas de impostos passadas.
A Kingfisher ainda deve US$ 100 milhões a companhias de petróleo por combustível de avião comprado em 2008, disse Mallya. Esses pagamentos serão feitos em novembro.
Fonte: Último Segundo.
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