A quantidade de voos que chegam e partem do Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre pode ser reduzida devido ao risco de colisão de aves com os aviões.
O alerta foi dado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que se reuniu com representantes de sete aeroportos brasileiros por causa do chamado perigo aviário. Só neste ano, houve nove colisões de pássaros com aeronaves no Recife. Em 2008, foram 10. Nunca houve um acidente grave envolvendo aves na capital pernambucana. Apenas danos materiais.
Mas, segundo o gerente de Meio Ambiente da Superintendência Regional do Nordeste da Infraero, Fernando Aoun, dependendo do impacto, o choque com um urubu, por exemplo, pode derrubar um avião.
Esses pássaros, somados aos carcarás e às corujas provocaram mais de 50% das colisões ocorridas no Recife. O impacto do choque entre um pássaro de dois quilos e um avião a 300 km/h é de sete toneladas, o que equivale ao peso de dois hipopótamos adultos.
A velocidade média de um avião de grande porte numa descida, a cinco km da cabeceira e 1,5 km de altura gira em torno de 250 a 300 km/h. No Brasil, a colisão de aviões com aves aumentou 31% entre 2007 e 2008, quando foram registrados 659 casos, segundo dados do Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Mas estima-se que apenas 25% das colisões são notificadas.
A Infraero informou que no caso do Recife o problema não está dentro do aeroporto, mas nas redondezas. Segundo o superintendente da Infraero em Pernambuco, Wellington Santos, as aves atraídas para o aeroporto e seu entorno estão em busca de alimento, água e abrigo.
Elas encontram alimento no lixo deixado nas ruas e, principalmente no lixão da Muribeca, que é considerado o principal fator de atração das aves e fica a cerca de seis quilômetros do aeroporto em linha reta.
Fato, por sinal, que contraria a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 04, de 1995, que diz que dentro da Área de Segurança Aeroportuária (ASA), não pode existir qualquer atividade que possa servir como foco de atração.
A ASA se estende por um raio de 20 quilômetros a partir do centro geométrico dos aeródromos operados por instrumentos, como o do Recife.
Para piorar, a maioria das rotas de tráfego para o Recife passa sobre o aterro. Um projeto está tramitando no Congresso Nacional para transfornar a resolução em lei. Além disso, os pássaros enxergam o aeroporto como uma área livre de predadores. Segundo a Anac, a restrição de voos seria uma medida extrema e não há definição de quais poderão ser afetados.
Mas, segundo a Infraero, a agência informou que se houver redução ela será feita em horários considerados críticos pela maior probabilidade de colisão com aves. Fernando Aoun, da Infraero, disse que ainda estão sendo estudados esses horários, mas que as colisões ocorrem sempre durante o dia e que é mais fácil ver aves dentro do aeroporto no fim da tarde e início da manhã, quando a temperatura está mais amena.
Segundo Wellington Santos, uma redução nonúmero de voos traria um grande prejuízo. "Recife é um dos principais destinos turísticos do Brasil e internacionais. Isso teria impacto direto nas operações do aeroporto e indiretamente em outros setores, como o de hoteis". Chegam e partem do Recife cerca de 70 voos por dia. Prazo - Segundo a assessoria de imprensa da Anac, os sete aeroportos precisam apresentar planos de ação em relação ao perigo aviário até o próximo mês. Após o recebimento do material é que a Anac vai informar se alguma medida será tomada.
Os outros aeroportos são Salgado Filho (Porto Alegre), Galeão (Rio de Janeiro), Cumbica (Guarulhos), Juscelino Kubitschek (Brasília), Eduardo Gomes (Manaus) e Val-de-Cans (Belém). Todos estão passando por auditoria da Organização de Aviação Civil Internacional, órgão das Nações Unidas, para verificar se a aviação brasileira está em conformidade com as regulamentações internacionais.
No Brasil, segundo informações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), apenas uma colisão com aves provocou morte humana. A vítima foi um fotógrafo que estava a bordo de um avião da FAB, em 1962.
Em janeiro deste ano, uma colisão entre revoada de pássaros e um avião da US Airways quase provocou uma tragédia. A aeronave que transportava 155 ocupantes teve que fazer um pouso forçado no Rio Hudson, em Nova York.
Fonte: Juliana Colares (Diário de Pernambuco)
O alerta foi dado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que se reuniu com representantes de sete aeroportos brasileiros por causa do chamado perigo aviário. Só neste ano, houve nove colisões de pássaros com aeronaves no Recife. Em 2008, foram 10. Nunca houve um acidente grave envolvendo aves na capital pernambucana. Apenas danos materiais.
Mas, segundo o gerente de Meio Ambiente da Superintendência Regional do Nordeste da Infraero, Fernando Aoun, dependendo do impacto, o choque com um urubu, por exemplo, pode derrubar um avião.
Esses pássaros, somados aos carcarás e às corujas provocaram mais de 50% das colisões ocorridas no Recife. O impacto do choque entre um pássaro de dois quilos e um avião a 300 km/h é de sete toneladas, o que equivale ao peso de dois hipopótamos adultos.
A velocidade média de um avião de grande porte numa descida, a cinco km da cabeceira e 1,5 km de altura gira em torno de 250 a 300 km/h. No Brasil, a colisão de aviões com aves aumentou 31% entre 2007 e 2008, quando foram registrados 659 casos, segundo dados do Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Mas estima-se que apenas 25% das colisões são notificadas.
A Infraero informou que no caso do Recife o problema não está dentro do aeroporto, mas nas redondezas. Segundo o superintendente da Infraero em Pernambuco, Wellington Santos, as aves atraídas para o aeroporto e seu entorno estão em busca de alimento, água e abrigo.
Elas encontram alimento no lixo deixado nas ruas e, principalmente no lixão da Muribeca, que é considerado o principal fator de atração das aves e fica a cerca de seis quilômetros do aeroporto em linha reta.
Fato, por sinal, que contraria a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 04, de 1995, que diz que dentro da Área de Segurança Aeroportuária (ASA), não pode existir qualquer atividade que possa servir como foco de atração.
A ASA se estende por um raio de 20 quilômetros a partir do centro geométrico dos aeródromos operados por instrumentos, como o do Recife.
Para piorar, a maioria das rotas de tráfego para o Recife passa sobre o aterro. Um projeto está tramitando no Congresso Nacional para transfornar a resolução em lei. Além disso, os pássaros enxergam o aeroporto como uma área livre de predadores. Segundo a Anac, a restrição de voos seria uma medida extrema e não há definição de quais poderão ser afetados.
Mas, segundo a Infraero, a agência informou que se houver redução ela será feita em horários considerados críticos pela maior probabilidade de colisão com aves. Fernando Aoun, da Infraero, disse que ainda estão sendo estudados esses horários, mas que as colisões ocorrem sempre durante o dia e que é mais fácil ver aves dentro do aeroporto no fim da tarde e início da manhã, quando a temperatura está mais amena.
Segundo Wellington Santos, uma redução nonúmero de voos traria um grande prejuízo. "Recife é um dos principais destinos turísticos do Brasil e internacionais. Isso teria impacto direto nas operações do aeroporto e indiretamente em outros setores, como o de hoteis". Chegam e partem do Recife cerca de 70 voos por dia. Prazo - Segundo a assessoria de imprensa da Anac, os sete aeroportos precisam apresentar planos de ação em relação ao perigo aviário até o próximo mês. Após o recebimento do material é que a Anac vai informar se alguma medida será tomada.
Os outros aeroportos são Salgado Filho (Porto Alegre), Galeão (Rio de Janeiro), Cumbica (Guarulhos), Juscelino Kubitschek (Brasília), Eduardo Gomes (Manaus) e Val-de-Cans (Belém). Todos estão passando por auditoria da Organização de Aviação Civil Internacional, órgão das Nações Unidas, para verificar se a aviação brasileira está em conformidade com as regulamentações internacionais.
No Brasil, segundo informações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), apenas uma colisão com aves provocou morte humana. A vítima foi um fotógrafo que estava a bordo de um avião da FAB, em 1962.
Em janeiro deste ano, uma colisão entre revoada de pássaros e um avião da US Airways quase provocou uma tragédia. A aeronave que transportava 155 ocupantes teve que fazer um pouso forçado no Rio Hudson, em Nova York.
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