Um juiz estadual causou tumulto dentro de uma aeronave da companhia
aérea Gol na noite de quinta-feira. O avião, de voo 1889, partia do
Aeroporto Internacional de Salvador, na Bahia, com destino ao Aeroporto
Tom Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro.
A decolagem atrasou ao menos duas
horas porque Vítor Bezerra se recusou a entregar um dos pentes com
munição da pistola que portava no interior da aeronave.
O embarque estava marcado para as 20h45, no portão seis. As portas do avião já haviam sido fechadas e os comissários de bordo haviam repassado aos passageiros as informações básicas de segurança na decolagem.
O embarque estava marcado para as 20h45, no portão seis. As portas do avião já haviam sido fechadas e os comissários de bordo haviam repassado aos passageiros as informações básicas de segurança na decolagem.
Mas o
procedimento foi interrompido quando, às 21h40, o comandante anunciou
que todos os ocupantes - com exceção do juiz - deveriam deixar a
aeronave para que uma "norma administrativa" fosse cumprida.
Três policiais federais e um civil entraram no avião e iniciaram uma negociação com o magistrado, que continuou se recusando a entregar um dos três pentes da arma, alegando que o cargo de juiz lhe permitia carregar a quantidade de munição.
Três policiais federais e um civil entraram no avião e iniciaram uma negociação com o magistrado, que continuou se recusando a entregar um dos três pentes da arma, alegando que o cargo de juiz lhe permitia carregar a quantidade de munição.
Os policiais argumentaram que ele só
poderia permanecer no avião com dois pentes de munição e, portanto,
teria de devolver um. O juiz, que estava na poltrona 22 D, estava
acompanhado de dois filhos. Somente depois de uma hora e meia de
conversa com as autoridades, o juiz concordou em devolver um dos pentes.
Alguns dos 90 passageiros do voo ficaram muito irritados com a situação. O administrador de empresas João Almeida disse que, depois que o juiz Vítor Bezerra resolveu entregar o pente da pistola, muitos passageiros ficaram com medo de reembarcar e prosseguir viagem.
Alguns dos 90 passageiros do voo ficaram muito irritados com a situação. O administrador de empresas João Almeida disse que, depois que o juiz Vítor Bezerra resolveu entregar o pente da pistola, muitos passageiros ficaram com medo de reembarcar e prosseguir viagem.
Então exigiram a
devolução das bagagens e resolveram viajar por outra companhia aérea. O
procedimento atrasou ainda mais a saída do voo.
"Acho um absurdo uma
pessoa que se julga acima da lei atrapalhar a vida de pessoas que têm
seus horários para cumprir", disse Almeida.
Ele afirmou ainda que outra
passageira, também juíza, disse que o magistrado já causou o mesmo
problema no Rio. Outros passageiros afirmaram que o juiz ameaçou matar
quem tentasse lhe tirar o pente.
Fonte: Agência A Tarde / Terra.
Photo by: armasonline.org
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