BRASÍLIA - Com o aprofundamento da Operação Tormenta lançada há três semanas , a Polícia Federal descobriu graves indícios de fraude em concursos promovidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ano passado. Pelas informações obtidas até o momento pela polícia, 45 candidatos a vagas na Abin e na Anac tiveram acesso às provas antes da distribuição oficial dos testes. Entre os suspeitos de envolvimento no crime, 12 já tomaram posse e estariam trabalhando normalmente. Eles serão chamados para depor. O delegado Victor Hugo Rodrigues Alves deverá pedir a prisão preventiva dos candidatos que tiverem ligações mais próximas com integrantes da quadrilha acusada de fraudar os concursos.
A Operação Tormenta foi lançada em 16 de junho. Doze suspeitos, entre eles o dono de uma universidade em São Paulo e um policial rodoviário federal, foram presos. A organização era acusada inicialmente de fraudar concursos destinados à contratação de agentes da Polícia Federal e servidores da Receita Federal. O grupo também era suspeito de burlar o exame de admissão na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Com o avanço nas investigações, a polícia chegou a conclusão que o grupo também vendeu informações sobre as provas para os últimos concursos da Abin e da Anac.
A fraude teria beneficiado 36 candidatos da Anac, 11 deles já empossados nos cargos de analistas e técnicos, e 9 da Abin. Um dos aprovados no teste da Abin, um oficial de inteligência, já até tomou posse. A organização teria planejado fraudar ainda concursos da Advocacia-Geral da União, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da Caixa Econômica Federal e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), entre outros.
Fonte: globo.comPhoto by: Divulgação
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