quarta-feira, 2 de junho de 2010

Infraero proíbe novos voos à noite no aeroporto de João Pessoa


Este ano, o fluxo de passageiros no Aeroporto Castro Pinto deve chegar a 800 mil, superando em 33,78% o registrado em 2009. Só entre janeiro a abril, 306.988 passageiros passaram pelo terminal - 70% a mais que no mesmo período do ano passado. O problema é que mais de 50% dos que embarcam ou desembarcam no Castro Pinto o fazem de madrugada e, para evitar a superlotação, a Infraero não vai mais autorizar novos vôos entre meia-noite e 6h.
 

A medida retoma a discussão sobre um dos principais problemas do aeroporto: a má distribuição dos vôos diários. Segundo o superintendente do órgão, José Daniel Sobrinho, o terminal passa quase 16 horas ocioso e, com tanto tempo livre, poderia até dobrar o número de vôos.
 

O superintendente estima que 800 mil passageiros devam embarcar e desembarcar no Aeroporto Castro Pinto, este ano. O número supera em 33,78% os 598 mil que passaram pelo terminal em 2009. Entre janeiro e abril, o Castro Pinto contabilizou 160.722 embarques e 146.266 desembarques, totalizando 306.988 passageiros, o que corresponde a 38,37% do previsto para 2010. “Houve um aumento de 70% na demanda, em relação aos quatro primeiros meses de 2009. Mas o aeroporto atende muito bem à demanda. O problema é que existe uma concentração de passageiros na madrugada. Para não ter uma maior demanda neste horário, só vamos autorizar novos vôos das 6h às 14h e das 16h à meia-noite”, afirmou.
 

Segundo José Daniel Sobrinho, a decisão de não autorizar novos vôos de madrugada foi tomada após um estudo feito pela diretoria de operações. “Mais de 50% dos passageiros saem neste horário. Por outro lado, a demanda por hora é baixa (92,6 passageiros), porque nós calculamos durante 24 horas e temos quase 16 horas praticamente sem demanda. A infraestrutura do aeroporto é projetada para uma demanda de no mínimo 12 horas, enquanto o período mais utilizado é de cerca de 6 horas”, explicou.
 

As informações de Sobrinho revelam um quadro diferente do observado em outras capitais brasileiras, como revelou um estudo divulgado terça-feira (01) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o estudo, pelo menos oito das 12 cidades que irão sediar os jogos da Copa de 2014 estão com seus aeroportos operando no limite da capacidade e há possibilidade de colapso em alguns terminais
 

Fonte: JPA no AR
Photo by: Divulgação

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