quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Scanner em aeroportos, problema ou solução ?



A maioria dos londrinos não se importou muito com a medida de segurança, a ser adotada pela polícia inglesa. Outros países, como os Estados Unidos, estão no mesmo caminho.

Com essa medita extrema, atentados como o de 11 de setembro, serão impossíveis de acontecer. Por outro lado, levando se em conta as diferenças culturais ao redor do mundo, a medida dará muito o que falar.


A primeira questão levantada foi: As crianças não poderão ser submetidas a esse sistema? – certamente que não, mas haverão os meios tradicionais, para as crianças.


Pelo que parece, esse sistema só deverá ser aplicado em pessoas adultas.


Uma demonstração do sistema, como mostram as imagens, farão muitas pessoas desistirem de suas viagens, mas os terroristas e criminosos internacionais, sem dúvida, serão forçados a mudar suas estratégias, ou desistir, porque agora a tolerância é zero, literalmente falando.





Os scanners corporais que inúmeros países europeus estudam instalar nos aeroportos podem criar um sério problema para os judeus praticantes, que seguem as leis da tzniut (modéstia) e por isso não podem mostrar seus corpos.

As autoridades rabínicas de Israel não emitiram ainda uma determinação definitiva sobre os scanners, mas o Centro Rabínico da Europa já alertou que a medida viola os direitos das mulheres judias ao "comprometer" o recato que devem observar.

Segundo explicou à Agência Efe em Jerusalém o rabino Ken Spiro, "tudo depende da nitidez da imagem oferecida pelos scanners e de quem estiver olhando".

"Para as mulheres judias, todas elas e não só as ultra-ortodoxas, é importante proteger seu pudor", indicou este rabino.

Em geral, as leis de modéstia proíbem a exibição do corpo "acima dos joelhos, nem acima do ombro, nem abaixo da linha do pescoço. E, no caso das mulheres casadas, o cabelo também não deve ficar à mostra".

Conforme Spiro, próximo às correntes ultra-ortodoxas, se a imagem do scanner for muito detalhada "parte das judias poderiam preferir ser revistadas em local reservado e, inclusive, poderiam evitar esses aeroportos".



 

O debate ainda está aberto e os fiéis deverão esperar uma orientação oficial das autoridades rabínicas.

"Se o Rabinato proibir, as mulheres religiosas não poderão se submeter aos scanners", adverte o rabino, que acrescenta que "o problema será menor se for garantido uma agente de segurança para as mulheres e um agente para os homens".

Além disso, para muitas mulheres judias poderia resultar enormemente ofensivo saber que alguém está observando a imagem nítida de seu corpo, porque as leis da tzeniut que aparecem detalhas na Torá (Levítico 18:9-17) proíbem "descobrir a nudez", ato que define como "maldade".

Nos vestiários de centros esportivos em Israel é comum que as religiosas prefiram trocar-se nos quartos fechados, evitando se expor ao olhar de outras mulheres.

As mais recatadas entram na sauna vestidas da cabeça aos pés e algumas piscinas e instalações esportivas e de lazer têm horários diferentes para homens e mulheres.

Holanda decidiu empregar em todos seus voos aos Estados Unidos os scanners corporais após o atentado frustrado do Natal em um voo de Amsterdã a Detroit.

O Reino Unido estuda instalá-los no aeroporto de Heathrow, em Londres, e a Alemanha decidiu utilizá-lo a partir do próximo verão e a Espanha anunciou que incluirá a questão na ordem do dia da próxima reunião de ministros europeus de Justiça e Interior.

Organizações de usuários e defensores dos direitos humanos têm criticado os scanners, que consideram um atentado contra a intimidade dos passageiros ao gerar imagens nítidas do corpo humano em três dimensões, próximas ao nu e que permitem ver detalhes como implantes, próteses e o formato dos genitais.

O rabino David Levin Kross, do Instituto Pardes de Estudos Judeus (dedicado ao estudo de textos clássicos do judaísmo), disse à agência Efe, que "não há dúvida que o corpo de uma mulher não deve ser visto, nem mesmo o dos homens".

Mas ressaltou que se os equipamentos não representariam um problema se uma pessoa do mesmo sexo estivesse do outro lado do scanner.

Para o rabino da corrente conservadora Yehiel Greniman, "embora o respeito ao corpo da mulher seja um dos valores do judaísmo, o outro valor essencial é o da vida".

De acordo com ele, "no judaísmo é permitido tirar a roupa diante de um médico, porque o valor da vida predomina sobre o recato e, se for entendido que os scanners servem para salvar vidas, também poderiam aceitar unicamente que só as agentes mulheres estariam por trás dos scanners das mulheres judias".

O rabino Spiro, da mesma forma que outros religiosos e fiéis da comunidade judaica israelense, prevê que "é possível que não haja uma decisão uniforme dos líderes espirituais das distintas tendências com relação aos scanners", já que a observância das leis de modéstia também variam de uma vertente para outra.

Em geral, a tzniut insiste em esconder o exterior para ressaltar o interior e exige, tanto de homens quando de mulheres, não vestir roupas justas, curtas, transparentes e chamativas, ter um comportamento pudico em público e não permitir que ninguém fora seu cônjuge veja seu corpo nu.



Fonte: Hurra!/Pousada das Notícias.
Photo by: Hurra!/Pousada das Notícias.

Nenhum comentário:

SEGUIDORES AEROBLOG

Total de visualizações de página