sábado, 12 de dezembro de 2009

Lixões ameaçam aviação no entorno do Aeroporto de THE


O problema dos lixões em Teresina ganha repercussão nacional através da revista “Aeromagazine”, especializada em assuntos de aviação. Em artigo publicado na página 67, o comandante Ivan Carvalho afirma que o aeroporto da capital piauiense merece atenção especial por causa de lixões localizados nas áreas de aproximação e pouso.

No quarto parágrafo, o autor afirma que “em Teresina os urubus estão sempre voando perigosamente sobre as duas cabeceiras da pista 02/20. O problema é antigo mas não vem recebendo o tratamento merecido. O comandante aviador enfatiza: “nada se vê de efetivo no combate à proliferação de lixões, como também à migração de pássaros, fatores considerados críticos para que o problema persista.”

Seu artigo é abrangente. Trata sobre riscos de desastres aéreos em escala mundial. Ele observa que a recorrência de colisões com pássaros afeta de maneira substancial a segurança de voo, e nenhuma ação mais contundente tem sido adotada para minimizar o problema. “A colisão com aves causa prejuízos de US$ 1,2 bilhão por ano às companhias no mundo inteiro.”

DESPRESSURIZAÇÃO DE AERONAVE

Enfatiza que em setembro, funcionários da Embraer e da British Airways foram surpreendidos com a notícia de que o primeiro jato do modelo ERJ-170ST entregue no dia anterior sofrera uma colisão com um pássaro logo após decolar do Aeroporto Internacional de Recife-Guararapes (PE) em rota para a Ilha do Sal, na parte inicial do traslado até o Reino Unido. A aeronave teve que voltar para a Embraer despressurizada, a 10 mil pés, para reparos de estrutura.

“Falta vontade política de coibir a invasão das áreas de entorno dos aeródromos e até mesmo de uma maior conscientização dos próprios moradores que ocupam essas áreas. Digo isso porque não são raros os casos de pessoas que jogam inadvertidamente lixo orgânico ao relento, poluindo não só o meio ambiente, mas também atraindo os indesejáveis urubus”, salientou o comandante Carvalho.

Em nível nacional, ele afirma que os aeroportos que apresentam problemas são os seguintes: Aeroporto Internacional de São Paulo (Garulhos), Antonio Carlos Jobim (Rio de Janeiro), onde a Baía de Guanabara “virou esgoto a céu aberto”, Salvador (BA), Maceió (AL) e Recife. “Há até casos de matadouros erguidos no entorno dos compexos aeroportuários.”

ATENÇÃO ESPECIAL A TERESINA

Das cidades mencionadas no Nordeste, segundo ele, “Teresina é a que merece mais atenção.” Ele ressalta que os problemas com aves, para a aviação, não se restringem ao Brasil. “O problema é o modo como as autoridades se portam diante da ameaça. Não há como eliminar o perigo de vez. O homem é que está ocupando o habitát dos pássaros com seus aviões.”

Para ele, pode-se evitar as ocorrências de acidentes aéreos com aves eliminando-se os atrativos aos visitantes indesejáveis, ou seja, removendo-se os lixões, matadouros, aparando frequentemente o gramado nas áreas operacionais, transferindo árvores do entorno do aeroporto que poderiam atrair aves noturnas “e conscientizando a vizinhança a trabalhar melhor o lixo.”

Ivan Carvalho enfatizou que nos dias que correm pode-se dizer que as aeronaves que estão mais vulneráveis a sofrerem um acidente catastrófico por causa de uma colisão com pássaros são os monomotores, justamente por contarem apenas com um grupo motopropulsor.

Acompanhe abaixo a matéria:


Fonte: 180Graus.
Photo by: Aeromagazine.

Nenhum comentário:

SEGUIDORES AEROBLOG

Total de visualizações de página