quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Combustível adulterado teria derrubado helicóptero



Uma fonte que trabalhou no resgate do helicópteto Robinson R-44 disse ao blog acreditar que a aeronave tenha caído por causa da injeção de combustível adulterado ou de má qualidade durante o reabastecimento em Carolina. 

O acidente matou o piloto Endel Gabriel e o copiloto Aloysio Teixeira. De acordo com a fonte, um militar, os técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) não terão como fazer a perícia mais apurada porque sobrou muito pouco do equipamento para ser analisado.


Segundo ele, dos destroços encontrados só podem ser periciados o rotor (espécie de hélice que dá direção à aeronave), o cone da cauda (foto/reprodução TV Mirante) e uma porta. Em casos de acidentes como este, o fundamental para a análise é o motor e o resto do combustível da aeronave acidentada, que neste caso não existem. O trabalho de investigação se baseará em informações do lavrador que viu o aparelho caindo e ao local do acidente.

Helicópteros não possuem caixas-preta, espécie de gravador que registra as últimas conversas da tripulação em aviões. O Robison R-44 possui um aparelho chamado ELT, que emite um sinal capitado via satélite quando o helicóptero cai. O equipamento fornece apenas a localização do aparelho acidentado. Neste caso, o ELT não funcionou. Daí a dificuldade das equipes de resgate para achar os destroços.

A fonte disse que sua teoria da causa do acidente ter sido combustível adulterado se baseia no fato da grande experiência de Endel Gabriel, que já trabalhou no GTA (Grupo Tático Aéreo) da Polícia do Maranhão. 
 
Ele tinha 3 mil horas de voo apenas no Robinson R-44 e outras 2,5 mil em helicópteros Esquilo. Segundo o militar, a aeronave voou cerca de 50 horas dos Estados Unidos – onde fica a empresa que vendeu o equipamento ao empresário Fernandão (Edeconsil) - até São Paulo sem nenhum problema. Do Campo de Marte (SP) para Carolina (MA) foram mais dez horas de voo, também sem problemas.

Em apenas poucos minutos após reabastecer e decolar de Carolina – exatamente 28 km distante do aeroporto – o helicóptero começou a apresentar dificuldades para se manter no ar. 
 
A fonte descartou a batida em algum morro, muito comum naquela região. O tempo estava ruim no local. No entanto, imagens de satélites mostraram que durante a decolagem da cidade maranhense as condições eram boas. O tempo só estava carregado a 100 km do local onde o helicóptero caiu.

Pesou também na opinião do militar o relato do lavrador Elcias Ferreira Barros. Ele disse ter visto a aeronave voando baixo, tentando pousar. Como a área era de mata fechada, ele pode ter batido numa árvore antes de alcançar o chão. 
 
O piloto teria perdido o controle por causa de um problema mecânico. Como o equipamento chegou a Carolina após 60 horas de voo sem este tipo de ocorrência, algum fato ocorrido na cidade teria sido fundamental para o acidente.

Por ter caído cerca de três minutos após a decolagem e sem problema de mau tempo naquele momento, a fonte acredita que o motivo pode ter sido a má qualidade do combustível injetado durante o reabastecimento. 
 
O militar afirma que será difícil para a equipe da Cenipa determinar a causa exata do queda do helicóptero. Conta, porém, que a questão do combustível é uma das hipóteses investigadas.

Fonte: Blog Wilton Lima.
Photo by: Google Image.

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