quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ABSA Cargo: há 14 anos alçando voos mais altos


Em operação no setor de transporte de carga aérea internacional desde 2 de junho de 1995, a ABSA Cargo Airline é hoje uma das principais companhias em atuação no segmento. De acordo com dados da empresa, no ano passado, 25% da movimentação total de cargas aéreas internacionais foram realizadas por ela.

Do total movimentado pela empresa, conforme informações da companhia, as cargas mais comuns foram produtos manufaturados. Segundo Norberto Jochmann, Diretor presidente da ABSA, aproximadamente dois terços das movimentações realizadas são deste tipo de produto, o restante, basicamente, é formado por produtos primários.

Com forte presença no transporte de mercadorias ao mercado internacional, a empresa aponta que seu principal trajeto, chamada de rota tronco, é de São Paulo, mais precisamente do aeroporto de Viracopos, no interior do estado, para Miami, nos Estados Unidos. No entanto, de acordo com Jochmann, é muito importante para a empresa realizar escalas intermediárias até a chegada ao destino final.

“Isso possibilita otimizar a ocupação do avião. Por exemplo, um cliente reservou toda a capacidade de carga de um voo (54 toneladas), no entanto, 48 horas antes ele se dá conta de que não terá produtos para atingir este nível. Isso atrapalha a operação da companhia. Então, neste período angariamos cargas para trechos intermediários. Para Bogotá, na Colômbia, por exemplo. Com isso, voaremos com total capacidade”, argumenta.

Outra vantagem apontada pelo executivo, é o fato da companhia possuir direito de tráfego em diversos países. “Podemos voar de Bogotá para Miami, com isso, temos permissão para transportar produtos colombianos. Portanto, não vamos com espaço vago na aeronave”, detalha.

Questionado sobre os impactos da crise nos negócios da empresa, o executivo foi categórico ao afirmar que nenhum setor ficou livre deles. “Nós, empresários, pecamos por sermos muito otimistas.

Após 2001, passamos a viver anos de muita fartura. A partir deste período, o mercado registrava crescimentos anuais sempre de dois dígitos no fluxo de carga aérea. Um ano era melhor que o outro. Não acreditávamos que isso seria interrompido de forma tão repentina como aconteceu”, relembra.


E prossegue: “até o fim do primeiro semestre, 2008 parecia ser o melhor ano da história da aviação de carga. Estávamos com resultados fabulosos. E repentinamente, no fim de agosto e início de setembro, a situação se reverteu. Com isso, houve uma queda assustadora da demanda”.

No entanto, segundo Jochmann, embora o setor esteja enfrentando uma situação muito difícil, são nestes momentos que surgem novas oportunidades.

Novo foco

Visando as novas oportunidades, as operações da empresa foram readequadas. Para não perder força no mercado a companhia passou a focar suas atividades no mercado doméstico.

“Uma das opções encontradas era entrar no mercado de carga aérea dentro do País. Foi isso que fizemos. Reestruturamos nossa malha de serviços, reduzimos nossas operações internacionais e dedicamos um avião para o transporte entre São Paulo e Manaus”.

De acordo com o executivo, as movimentações para a Zona Franca, no Amazonas, tem ganhado muita representatividade, tanto internamente quanto internacionalmente. “O fluxo é muito grande, há muitas empresas concentradas na região. Muitas vezes temos voos que saem de Miami e seguem direto para Manaus”.

Neste trecho, a meta da empresa é movimentar, até o fim deste ano, 20 mil toneladas de mercadorias. Além disso, segundo informações da companhia, a estimativa é alcançar 30% de participação de mercado no primeiro ano de operação.

“Os resultados têm sido tão positivos que, mesmo quando a economia se estabilizar, não vamos abandonar esta rota. Vamos manter e estender nossa atuação no mercado”, aponta Jochmann.

Futuro

Sem divulgar números, o executivo afirma que a empresa poderá chegar ao fim do ano apresentando uma pequena queda no faturamento. “Em 2007, totalizamos US$ 350 milhões em movimentação. Conseguimos manter este nível em 2008 . Se não fosse a crise, talvez ultrapassássemos a cifra de US$ 450 milhões. A estimativa é que neste ano vamos apresentar uma pequena queda no faturamento, não posso dizer o quanto, mas, em nossa visão, se chegarmos a um faturamento entre US$ 300 e US$ 320 milhões já será fabuloso”, pondera.

Para o futuro, Jochmann aponta que a empresa “permanecerá na área de transporte de carga buscando sempre oferecer os melhores serviços”. “Hoje, aproximadamente 70% da carga aérea é transportada em 'porões' de aviões de passageiros. Queremos ampliar as operações e principalmente voltar a operar com força para a Europa. A segunda vertente será expansão do mercado doméstico. Com isso estaremos muito bem posicionados nos próximos cinco anos”, finaliza.

Atualmente, a empresa possui um quadro com aproximadamente 300 colaboradores, sendo que 48 são tripulantes de voo. A matriz da empresa encontra-se localizada no Aeroporto Internacional de Viracopos (SP). A companhia também conta com filiais nos aeroportos de Guarulhos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Manaus (AM), além de escritórios em Confins (MG), Vitória (ES), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).

Fonte: Webtranspo.

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