sexta-feira, 3 de julho de 2009

Novos aviões terão airbags e assentos mais resistentes


A certa altura, a segurança aeroviária se resumia a uma coisa: evitar a queda. Mas inspetores de segurança agora tentam se concentrar na sobrevivência a um possível acidente.

A partir do outono deste ano, todos os novos aviões terão que ter assentos resistentes que permaneçam no local mesmo quando sujeitos a uma pressão de até 16 vezes a força da gravidade. As poltronas de agora aguentam apenas nove vezes esta força. Além disso, em uma medida de segurança emprestada dos automóveis, alguns assentos terão que ser equipados com airbags.

A combinação de assentos resistentes e airbags significa que se um avião tocar o solo ou derrapar e atingir um obstáculo, "Você estará consciente e será capaz de sobreviver", disse Bill Hagan, presidente da AmSafe, responsável pelos airbags.

Em alguns acidentes aéreos, a força dos assentos é irrelevante porque a queda não é uma à qual os engenheiros qualificariam de "passível de sobrevivência". Em outros acidentes, ainda que violentos mas não tanto quanto uma explosão ou a queda livre, a sobrevivência dos passageiros depende deles sofrerem poucos ferimentos na primeira fase do acidente, para que possam deixar a aeronave rapidamente.

As novas regras serão aplicadas gradualmente. Aviões de modelos introduzidos depois de 1988 já tinham que ter novos assentos, aconhecidos como poltronas "16g". Então aviões como o Boeing 777 e outros jatos regionais já estão equipados. Mas modelos mais antigos que ainda estão em produção não precisam ter este tipo de assento.

A partir do dia 27 de outubro, no entanto, novos aviões de modelos certificados antes de 1988 também terão que cumprir a determinação. Na prática, os fabricantes de aeronaves já entregam muitos aviões que cumprem a nova regra há algum tempo. Portanto o prazo é mais um marco do que um momento de real mudança.

As novas regras não afetam aviões mais antigos com poltronas antiquadas. Mas estas aeronaves deixarão de ser utilizadas.

Os inspetores de segurança decidiram impor as novas regras depois que descobriram que os passageiros podem sobreviver a uma queda caso não sejam esmagados quando os assentos se soltam do chão.

O padrão de 16g foi escolhido porque é a desaceleração mais severa à qual se pode sobreviver. A força equivalente à 16 vezes a gravidade é o mesmo que uma mudança de velocidade de 15 metros por segundo quase instantaneamente.

Fonte: Direto da Pista.

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