Pouco depois, o juiz Alexandre Lazzarini, da 1ª Vara de Falência e Recuperação de Empresas, expediu ordem à Polícia Federal impedindo que o empresário Wagner Canhedo, controlador da Vasp, e sua família, deixem o País.
O juiz Lazzarini também vem determinando a devolução das áreas mantidas pela Vasp nos aeroportos do País. Uma da últimas áreas a ser devolvida é justamente o hangar de Congonhas. Segundo a Infraero, "a reintegração (dessa área) encontra-se em fase de execução".
As áreas da Infraero estavam entre os principais ativos da Vasp e hoje estão sendo disputadíssimas por outras companhias.
A Infraero foi um dos principais credores a votar a favor da decretação da falência, ao lado de alguns advogados trabalhistas e do fundo de pensão Aeros. Os sindicatos de aeronautas e de aeroviários votaram contra. "As chances de recebermos alguma coisa vai ser muito pequena", diz o representante do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Marco Reina. "São 5 mil credores trabalhadores e o cobertor é curto para pagar todo mundo."
A dívida da Vasp é estimada em R$ 2,5 bilhões. Além dos aviões, a empresa possui 450 imóveis, avaliados em R$ 200 milhões.
Mas a Vasp ainda pretende lutar pela sua sobrevivência. Segundo o interventor da companhia Roberto de Castro, a empresa vai entrar com recurso para tentar impedir a decretação de falência.
"O argumento a favor da decretação é de que a empresa não cumpriu com seu plano de recuperação. Mas nós fomos impedidos de cumprir o plano justamente por decisões judiciais", defende Castro.
"O plano dependia da venda de ativos, mas o próprio Tribunal de Justiça concedeu liminares nos impedindo de vendê-los."
Os "esqueletos" dos Boeings 737-200 da Vasp chamaram a atenção durante a feira de jatos executivos Labace, que aconteceu no hangar da companhia aérea em Congonhas . A Vasp possui uma frota de 31 Boeings, todos em franco processo de depreciação.
Fonte: Estado de SP
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