O número anterior era de 151, segundo o secretário de Interior e Justiça da Comunidade de Madri, Francisco Granados, por volta das 21h30 (horário local). Há cerca de 20 feridos, 8 em estado grave, de acordo com fontes do Serviço de Emergências da capital do país. Ainda continua a procura por pessoas desaparecidas.
O avião levava 164 passageiros, 2 bebês e 9 tripulantes, de acordo com declarações feitas por Sergio Allard, porta-voz da empresa aérea, em uma entrevista coletiva realizada às 18h (horário local). Segundo informações do Secretário de Interior e Justiça da Comunidade de Madri, os dois bebês estão vivos e recebendo atendimento médico em hospitais da capital espanhola.
O chefe do governo espanhol, José Luis Rodrigues Zapatero, concedeu uma entrevista coletiva em Barajas. Muito abalado, ele disse que "uma comissão irá começar a trabalhar imediatamente pra determinar as causas e circunstâncias deste trágico acidente."
O acidente já é o pior na história do aeroporto. Desde 1985 não morriam tantas pessoas em um acidente aéreo na Espanha. O vôo JK-5022 da companhia aérea Spanair que saía da capital espanhola em direção a Las Palmas de Gran Canaria, um dos destinos preferidos do verão europeu, se acidentou por volta das 14h45 (horário local, 9h45 de Brasília).
A causa mais provável do acidente é uma explosão que provocou um incêndio no motor lateral esquerdo. Existe a possibilidade de que o avião tenha saido da pista e se partido em dois já em uma região fora do aeroporto e isolada na cidade. Era a segunda tentativa do vôo de decolar. A primeira tinha sido abortada por motivos técnicos.
O vôo era compartilhado com a companhia Lufthansa. As empresas disponibilizaram um número telefônico gratuito para familiares que buscam informações sobre o acidente. O consulado brasileiro em Madri diz que é pouco provável que algum brasileiro estivesse no vôo.
Às 21h30 (horário local) haviam 35 chegadas atrasadas no terminal T4 do aeroporto de Barajas. Nos outros três terminais 60 vôos estavam atrasados e outros sete cancelados. Nenhum dos vôos que partiam ou chegavam ao terminal em que aconteceu o acidente era do Brasil.
Cerca de 300 profissionais estão envolvidos nos trabalhos de resgate e identificação dos corpos, que por enquanto são armazenados em um centro de convenções ao norte da cidade. De acordo com Francisco Granados, um grupo de quase 100 psicólogos estão à disposição das famílias das vítimas. A Spanair anunciou que fretou um vôo para os familiares dos mortos e feridos que estão em Las Palmas chegarem a Madri.
A acústica do Terminal 4 do aeroporto de Barajas, o maior e mais moderno da Espanha, impediu que os trabalhadores do local e os passageiros de outros vôos que se preparavam para embarcar ouvissem a explosão na hora que ocorreu.
"Só soubemos do que aconteceu quando a televisão noticiou, quando parentes nos ligaram para perguntar se estava tudo bem conosco. Vimos a fumaça, mas achamos que era algo pequeno, como os que de vez em quando há por aqui. Só depois percebemos que era sério desta vez", diz o vendedor português Roger da Silva, que há 11 anos trabalha em uma loja do free shop do T4. "A vida aqui dentro continua normal. Só diminuiu o número de clientes. Ninguém quer viajar em dia de acidente aéreo", completa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário