sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Amerrissagem é manobra difícil que exige tempo de preparação (piloto português)


A amerrissagem de um avião com rodas, como a que sucedeu hoje nos Estados Unidos, é "uma manobra difícil" que só é treinada em simulador e exige tempo de preparação dos tripulantes e passageiros, sustentou à agência Lusa o piloto João Roque.

Ontem, um Airbus A320, da companhia aérea norte-americana US Airways, caiu no Rio Hudson, próximo do aeroporto de La Guardia, em Nova Iorque, e ficou a flutuar.

As 155 pessoas que seguiam a bordo saíram ilesas.
Segundo a versão oficial dos acontecimentos, a aeronave foi atingida por pássaros.

Em declarações à Agência Lusa, o piloto de linha aérea João Roque referiu que a amerrissagem de um avião com rodas, preparado para aterrar no solo, "é uma manobra difícil", cujo sucesso "depende das condições do mar", do "tempo de preparação" para a executar e colocar os coletes salva-vidas.



De acordo com João Roque, a manobra, que apenas é treinada num simulador e é usada numa "situação de emergência" de parne de um ou dois motores do aparelho, exige "controle da ansiedade" de tripulação e passageiros, para "evitar o pânico".


Sem apontar causas para o acidente ocorrido em Nova Iorque, o piloto disse que o avião poderá ter perdido a potência nos dois motores, o que o privou de regressar à pista. "É uma sorte que o avião tenha ficado inteiro (depois do pouso)", salientou, acrescentando, sem quantificar casos, que, "numa boa parte" destas situações, os aparelhos partem-se em contato com a água.

João Roque explicou que os aviões, que pousam intactos, conseguem flutuar durante algum tempo devido a "bolsas de ar" dos compartimentos da cabine ou porões.


Fonte: Jornal de Notícias.

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