Depois da queda de uma funcionária em um bueiro nos arredores do terminal 1 do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, funcionários da empresa ICS Suply, terceirizada da Infraero, fizeram nesta quinta-feira um reparo e tamparam o buraco com uma nova estrutura.
Eles repararam ainda outro bueiro aberto próximo ao local do acidente. Além disso, também está sendo feita a manutenção de canaletas que estavam sem a proteção de grelhas, oferecendo assim risco a pedestres. Até a tarde desta quinta-feira, tinham sido colocados tapumes nas canaletas como medida de segurança.
O técnico de edificação da ICS Suply Cesário Rodrigues disse que espera concluir o trabalho ainda nesta quinta-feira. A Infraero informou, em nota, que foi realizada uma inspeção nas caixas de esgoto das vias de acesso ao aeroporto para regularizar a situação e prevenir a ocorrência de outro caso. De acordo com a nota, os bueiros foram isolados e sinalizados; além disso, serão instaladas novas tampas nos locais.
A vítima do acidente, que é funcionária do aeroporto, Daiana Santos de Almeida, está em casa com escoriações no ombro e no braço.
"Vou fazer outros exames ainda porque eu posso ter lesionado algum músculo. A princípio vou ficar cinco dias em casa" disse ela.
O acidente aconteceu pouco antes da 1h. Daiana estava em seu horário de jantar. Normalmente, ela opera caixas no terminal 1, mas nesta madrugada, foi deslocada para o terminal 2. Em seu período de descanso, ela fez o trajeto entre os terminais e acabou se acidentando próximo ao desembarque.
Daiana foi socorrida e atendida por bombeiros do próprio aeroporto. Porém, foi levada ao hospital de táxi. Segundo a Infraero, o plano de emergência do aeroporto foi ativado; os primeiros atendimentos foram prestados prontamente no posto médico do Galeão e; depois, a funcionária seguiu para o Hospital Geral de Bonsucesso. Após o atendimento na unidade hospitalar, ela foi liberada com o diagnóstico de luxação no ombro.
O bueiro, que mede cerca de 1,5m de profundidade, estava destampado. Daiana foi retirada do fosso por um segurança que cuida da área externa do terminal. Ela foi atendida por bombeiros que atuam dentro do próprio aeroporto, teve um braço imobilizado, e em seguida encaminhada para o posto médico. Contudo, um de seus supervisores precisou levá-la de táxi para o Hospital de Bonsucesso. Segundo um funcionário da Infraero, a ambulância do aeroporto só pode sair do local em casos em que a vítima corre risco de morrer.
A Infraero afirmou que o transporte até o hospital foi feito de táxi pois foi descartada a necessidade de remoção por ambulância pela equipe médica do aeroporto, e que esse procedimento está de acordo com o estabelecido pelas organizações internacionais de aviação civil.
De acordo com relatos de funcionários, o bueiro em que Daiana se acidentou fica em um trajeto feito com constância por quem trabalha no aeroporto. Os funcionários contaram que fazem esse percurso porque diminui a distância entre um terminal e outro.
Em um perímetro de menos de 20 metros, a reportagem do GLOBO encontrou pelo menos mais dois bueiros destampados. Cerca de uma hora após o acidente, um funcionário da Infraero colocou um tapume e um cavalete em cima do bueiro em que Daiana caiu.
O problema que levou à queda de Daiana é mais um exemplo dos problemas de infraestrutura do aeroporto. Em janeiro, O GLOBO flagrou elevadores parados e escadas rolantes quebradas, que causavam grande transtorno aos passageiros.
Entre os dois terminais, uma esteira não estava funcionando. No terminal 1, duas escadas rolantes também estavam paradas e, numa terceira, funcionários de uma empresa terceirizada faziam trabalhos de manutenção.
No mesmo terminal, dois elevadores estavam fora de operação. Lojas 24h estavam fechadas na madrugada, e passageiros não encontravam nem mesmo guichês de locadoras de veículos abertos.
Fonte: Globo.com
Photo by: FERNANDO QUEVEDO.
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