sábado, 27 de dezembro de 2008

Goiana é deportada de Portugal


O sonho de morar legalmente por três meses em Portugal naufragou quando a empresária de confecção Kátia Flávia Corregozinho Lima, 41, foi detida no Aeroporto Internacional da Portela, em Lisboa, no último 22 de dezembro.
Kátia foi deportada para o Brasil no dia seguinte (23), por ter sido acusada pela polícia federal portuguesa de viajar para o país com a intenção de se prostituir.

A viagem planejada por quase um ano seguia sem problemas quando a empresária desembarcou no dia 19 de dezembro pela primeira vez em Portugal.
Com uma carta convite em mãos (o convite deve ser feito por um português e é documento obrigatório para o estrangeiro que deseja entrar no país legalmente), Kátia inicialmente não teve problemas em permanecer em solo lusitano.
Com o visto de 90 dias, Kátia aproveitou a oportunidade para conhecer outros países europeus. Inglaterra foi seu primeiro destino. Contudo, foi barrada pelo departamento de imigração e deportada para Portugal. Segundo a empresária, a partir daí começa seu pesadelo.
De volta a Lisboa, ela é detida novamente. Desta vez, acusada de estar ilegal em Portugal ouve que mulher brasileira só viaja para o país para se prostituir.

Kátia alega que foi maltratada e por mais de oito horas, enquanto esteve detida no aeroporto pelos agentes federais, não teve direito a água e muito menos a se alimentar.
“A policial só me chamava de burra”. Mesmo com a carta-convite em mãos e portando €$ 600 (euros) e L$ 300 (libras), de acordo com a empresária, a quantia é suficiente para comprovar que teria condições de se hospedar em Lisboa, Kátia disse que seus direitos foram ignorados. “Fui humilhada o tempo todo, não imaginava que brasileiro era destratado.”

Depois de extenso interrogatório, Kátia foi levada para um alojamento no próprio aeroporto, onde encontrou mais quatros brasileiros que também estavam detidos.
Com a promessa de ter garantida a passagem de volta até Goiânia, Kátia embarcou pela empresa TAP no vôo 353 às 09h25 do dia 23 para Guarulhos e somente quando chegou em São Paulo soube que o restante da passagem teria que pagar.
De volta a Goiânia, a empresária pretende buscar uma indenização pelo dano moral que sofreu. "Dinheiro se repõe. Agora a honra ferida não se recupera fácil.”

Fonte: DAN (Desastres Aéreos News).

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