sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Virgin pede à CE que rejeite aliança de BA, Iberia e American


A companhia aérea britânica Virgin Atlantic pediu à Comissão Européia (CE) que rejeite o projeto de aliança entre a também britânica British Airways (BA), a americana American Airlines (AA) e a espanhola Iberia.

Em um documento remitido à CE, Virgin, especializada em vôos transatlânticos, advertiu que a aliança causaria um aumento dos bilhetes por parte de BA e AA e a modificação dos horários de vôos para derrubar seus concorrentes.

A Virgin, de propriedade do magnata Richard Branson, também afirma que a aliança de BA e AA faria um monopólio ou posição dominante nas rotas mais rentáveis e movimentadas entre os EUA e o aeroporto londrino de Heathrow, o mais importante do Reino Unido.

"Solicitamos à CE a rejeitar plenamente esta terceira tentativa de BA e AA de achatar a competição entre Heathrow e Estados Unidos", disse o diretor de Virgin, Steve Ridgway.

Em setembro Branson já lançou uma campanha para impedir a planejada aliança porque, na sua opinião, criaria um "monopólio monstruoso".

Segundo Branson, o projeto, que daria lugar a uma rede de rotas combinadas a 443 destinos em 106 países e com 6.200 vôos diários, conduzirá à fixação de preços e obrigaria as agências de viagens a mudar suas pautas comerciais.

No entanto, um porta-voz da BA replicou hoje que "mais uma vez, a Virgin expõe o mesmo e velho argumento, ignorando a liberalização de Heathrow sob o acordo de 'Céus Abertos" entre EUA e Europa, que entrou em vigor em março deste ano e libera o tráfego aéreo entre ambos os lados do oceano Atlântico.

O porta-voz da British Airways acrescentou que sua rival "parece reticente em avançar com o tempo e se contenta em criticar quem o faz".

Em agosto, British Airways, Iberia e American Airlines anunciaram um acordo para formar uma empresa mista que operaria rotas entre Europa e América do Norte.

As três companhias aéreas, que manteriam sua independência jurídica, afirmam que a nova aliança permitiria aos consumidores ter acesso a rotas mais amplas e com mais horários, enquanto esperam que os reguladores internacionais se pronunciem sobre sua intenção.

Fonte: EFE /DAN

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