O auditor contratado pela IATA- Associação Internacional do Transporte Aéreo para realizar a última inspeção de rotina na TAAG – Linhas Aéreas de Angola, no quadro do IOSA, abandonou a Angola no final do passado mês, quatro dias antes da data prevista para concluir o seu trabalho, dando a entender, informalmente, que a companhia poderá deixar de pertencer à referida organização.
Isso poderá ter efeitos a partir de 1 de Janeiro do próximo ano, mas, para isso, o auditor, de nacionalidade alemã, terá de fazer o seu relatório oficial até o próximo dia 15 de Novembro. O governo angolano já está informado do sucedido.
A IATA é uma associação de companhias aéreas que persegue fins estritamente comerciais, tendo por isso algumas vantagens, especialmente no domínio dos pagamentos, parcerias entre empresas e outras.
Contudo, importantes companhias aéreas mundiais, como a Singapura Airlines e várias empresas americanas estão fora da IATA.
Seja como for, a atitude do auditor não pode deixar de ser considerada inusitada, pois a prática habitual é a inspeção ser levada até ao fim, quaisquer que sejam as condições da companhia apreciada.
Além disso, os auditores da IATA fazem uma reunião final com a administração da companhia em questão, onde antecipam o conteúdo do seu relatório.
Nada disto aconteceu na última auditoria da IATA à TAAG, o que setores ligados à companhia angolana acolheram com profundo desagrado e desconfiança. As fontes assinalaram igualmente que, ao contrário da prática usual, desta vez a IATA enviou apenas um auditor, em vez de dois, pelo menos.
A vinda do auditor foi também objeto de uma série de pressões por parte da TAAG, o que levou meses.
Aparentemente, o fato da companhia angolana continuar na lista negra da União Europeia estará na origem de um certo desinteresse da IATA pela situação da TAAG.
Aparentemente, o fato da companhia angolana continuar na lista negra da União Europeia estará na origem de um certo desinteresse da IATA pela situação da TAAG.
Outra razão pode ser o fato das auditorias e inspeções da IATA serem realizadas por um grupo restrito de empresas subcontratadas para o efeito, as quais lutam com escassez de consultores e auditores.
Fonte: Opção Turismo.
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