Em setembro, cancelamento chegou a 5,79%, contra 3,03% da média no país Para reduzir o percentual, a Anac alterará as regras de distribuição de slots, que será baseada na eficiência das companhias aéreas
O aeroporto mais disputado do país, Congonhas, na capital paulista, tem uma proporção de cancelamentos de vôos que é quase o dobro da média nacional. Segundo dados da Infraero obtidos pela Folha, o percentual de cancelamentos em setembro chegou a 5,79%, o equivalente a 420 vôos. Na média do país, foram cancelados 3,03%. A análise dos dados desde janeiro mostra que em todos os meses o percentual de vôos cancelados no aeroporto superou a média do Brasil.
No mês passado, a TAM cancelou 5,57% dos vôos em Congonhas. Em seguida, apareceram a OceanAir, com 3,79%, a Gol (3,51%) e a Nova Varig, com 3,22%. Os dados variam bastante mês a mês. Nesta semana, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou novas regras para o uso do aeroporto de Congonhas. Segundo o novo modelo, que está em fase de consulta pública, a distribuição de slots (autorizações de pouso e decolagem) será feita com base em um critério de eficiência das companhias, que inclui atrasos, cancelamentos, incidentes e acidentes.
"Essa situação só vem confirmar que a regra atual é falha e precisa ser mudada", afirma a presidente da Anac, Solange Vieira. Segundo a assessoria da agência, no passado as companhias pediram mais slots em Congonhas do que a demanda, o que gerou algumas rotas com capacidade ociosa.
Segundo a assessoria da agência, o que as empresas normalmente fazem é administrar essa ociosidade cancelando vôos e colocando os passageiros no vôo mais próximo, de modo a não ultrapassar os 20% de cancelamentos previstos na regra atual da Anac. Com o novo modelo, caso mantenham esse comportamento, poderão ter seu índice de eficiência piorado, o que poderia reduzir sua atuação no aeroporto.
Segundo a Anac, de janeiro a agosto deste ano passaram por Congonhas 9,16 milhões de passageiros, 13,6% do total.
"Os dados mostram que há slots de prateleira em Congonhas. Existem empresas que mantêm slots desnecessários apenas para não deixar a concorrência operar", afirma Paulo Bittencourt Sampaio, consultor em aviação.
O percentual de atrasos em Congonhas em setembro ficou em 10,19% -740 vôos que decolaram com atraso superior a 30 minutos. Na média do país, os atrasos ficaram em 10,51%.
As novas regras da Anac indicam que no próximo ano as companhias que já operam no aeroporto cederão slots para empresas interessadas em atuar em Congonhas, como Webjet, Trip e Azul. Cada empresa perderá no máximo 20% dos seus slots, o que promete gerar polêmica no setor.
A OceanAir afirmou que teve dez cancelamentos de vôos em Congonhas em setembro e que apenas um foi responsabilidade da companhia -os demais foram causados por questões climáticas. Procuradas, TAM, Gol e Varig não responderam até a conclusão desta edição.
Fonte: Direto da Pista / Folha
O aeroporto mais disputado do país, Congonhas, na capital paulista, tem uma proporção de cancelamentos de vôos que é quase o dobro da média nacional. Segundo dados da Infraero obtidos pela Folha, o percentual de cancelamentos em setembro chegou a 5,79%, o equivalente a 420 vôos. Na média do país, foram cancelados 3,03%. A análise dos dados desde janeiro mostra que em todos os meses o percentual de vôos cancelados no aeroporto superou a média do Brasil.
No mês passado, a TAM cancelou 5,57% dos vôos em Congonhas. Em seguida, apareceram a OceanAir, com 3,79%, a Gol (3,51%) e a Nova Varig, com 3,22%. Os dados variam bastante mês a mês. Nesta semana, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou novas regras para o uso do aeroporto de Congonhas. Segundo o novo modelo, que está em fase de consulta pública, a distribuição de slots (autorizações de pouso e decolagem) será feita com base em um critério de eficiência das companhias, que inclui atrasos, cancelamentos, incidentes e acidentes.
"Essa situação só vem confirmar que a regra atual é falha e precisa ser mudada", afirma a presidente da Anac, Solange Vieira. Segundo a assessoria da agência, no passado as companhias pediram mais slots em Congonhas do que a demanda, o que gerou algumas rotas com capacidade ociosa.
Segundo a assessoria da agência, o que as empresas normalmente fazem é administrar essa ociosidade cancelando vôos e colocando os passageiros no vôo mais próximo, de modo a não ultrapassar os 20% de cancelamentos previstos na regra atual da Anac. Com o novo modelo, caso mantenham esse comportamento, poderão ter seu índice de eficiência piorado, o que poderia reduzir sua atuação no aeroporto.
Segundo a Anac, de janeiro a agosto deste ano passaram por Congonhas 9,16 milhões de passageiros, 13,6% do total.
"Os dados mostram que há slots de prateleira em Congonhas. Existem empresas que mantêm slots desnecessários apenas para não deixar a concorrência operar", afirma Paulo Bittencourt Sampaio, consultor em aviação.
O percentual de atrasos em Congonhas em setembro ficou em 10,19% -740 vôos que decolaram com atraso superior a 30 minutos. Na média do país, os atrasos ficaram em 10,51%.
As novas regras da Anac indicam que no próximo ano as companhias que já operam no aeroporto cederão slots para empresas interessadas em atuar em Congonhas, como Webjet, Trip e Azul. Cada empresa perderá no máximo 20% dos seus slots, o que promete gerar polêmica no setor.
A OceanAir afirmou que teve dez cancelamentos de vôos em Congonhas em setembro e que apenas um foi responsabilidade da companhia -os demais foram causados por questões climáticas. Procuradas, TAM, Gol e Varig não responderam até a conclusão desta edição.
Fonte: Direto da Pista / Folha
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